sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dont Care - Capítulo 5 - My heart is breakable

POV Ian
Eu sempre soube que eu não deveria me meter com o John, eu sempre soube que ele era muito perigoso, que ele era frio e calculista, que ele tem uma pedra no lugar do seu coração. Eu sabia que eu estava entrando em uma enrascada pois ele tem muitos inimigos, eu sabia que estava correndo riscos, eu sabia que nesse jogo o mata ou morre, mas não consegui esconder  o passado, não consegui esquecer todas as história que o meu pai viveu no tráfico, não consegui esquecer a ligação que a minha família tinha com a do John.
Quando resolvi contar para a minha mãe o que eu ia fazer da vida, ela simplesmente não aceitou, tentou me convencer que foi o tráfico que acabou com a felicidade dela e do meu pai, que foi o tráfico que matou meu pai. Porém eu não me importei, pois eu quero adrenalina, eu quero correr riscos, eu quero ser como meu pai foi um dia. Então eu resolvi abandonar a minha vida no Texas, abandonar o meu passado, abandonar a Clarie que era o amor da minha vida, abandonar até mesmo a minha mãe. Nada mais iria me segurar no Canadá, não tinha como eu tentar desviar do meu destino, eu nasci para ser um traficante e o jeito mais simples que eu arrumei para isso foi me aliar com o John e foi exatamente isso que eu fiz.
Quando cheguei no Canadá ele falou que eu iria ter que fazer um teste para saber que eu entraria para a gangue dele ou não, eu não pensei duas vezes e aceitei a proposta. Duas semanas depois ele veio com a minha missão, eu deveria ir dar aula na maior escola de Toronto, como professor de história e eu deveria me aproximar de uma garota chamada Paris Martinez, eu deveria a fazer se apaixonar por mim e deveria começar a freqüentar a casa dela, ou melhor a casa do Bieber que é o maior inimigo do John ela esta na casa dele pois esta fazendo intercambio no Canadá. Eu realmente deixei a garotinha na minha mão, logo na primeira carona que eu dei pra ela eu já havia ganhado um beijo.
Eu estava na casa do John quando o Bieber chegou, ele não estava falando nada com nada ele estava falando que alguém tinha destruído a boate dele e que ele queria falar com o John, mas como o John não estava em casa ele partiu pra cima de mim, eu só me lembro de estar rolando no chão com ele e depois ter apagado e agora eu acordo e me encontro em um hospital. Eu vi as horas e vi que eu já tinha perdido os horários das minhas aulas, resolvi então ligar para o John e ver o que eu deveria fazer.
-Oi John. – Eu disse sendo simpático.
-Ae Ian. Onde você ta maluco?
-Num hospital.
-O que?
-Isso mesmo, num hospital, o Bieber invadiu a sua casa dizendo que tinham invadido uma boate dele e como você não estava em casa ele partiu pra cima de mim e eu desmaiei.
-Qualé, perdeu pro Bieber no braço? –Ele riu.
-Ele me pegou desprevenido. Mas se liga que o papo é serio. – Eu disse mudando de assunto. – Ele me viu beijando a Paris e depois na sua casa, ele já deve ter ligado os fatos.
-Não se preocupe, pelo pouco que eu conheço o Bieber eu acho que ele não vai contar pra garota, ele só quer protegê-la, ele vai tentar acabar com você sem que ela saiba.
-Só vai tentar, porque não vai conseguindo. - Eu disso rindo.
-Assim eu espero. – Ele disse finalizando o assunto. – Vem logo pra casa.
-Beleza, já estou vazando daqui.
POV Paris.
Após ficarmos a manhã ali inteira conversando fomos almoçar, no almoço Justin ficou fazendo gracinhas com a comida e praticamente nem comeu. Quando terminamos de almoçar fomos assistir um filme, quando já estava na metade do filme eu fui deitando minha cabeça no peito do Justin e acabei dormindo, pois hoje eu tinha acordado sedo para ir pro colégio e acabei nem indo porque não tinha ninguém para me levar.
Eu fui abrindo os olhos lentamente e quando abri eles por completo eu vi o Justin passando as mãos em meu cabelo e me olhando, de uma forma tão protetora que nem parecia vir dele. Na verdade nada que ele fez hoje parecia ser ele, ele não foi grosso, não fez piadinhas sem graças, ele só ficou ali me divertindo e me tirando do tédio, me tirando risadas e me confortando. Assim que ele percebeu que eu tinha acordado ele disse:
-Oi dorminhoca.
-Oi, que dorminhoca o que foi só um cochilo. – ele riu. –Faz tempo que o filme acabou?
-Se faz tempo? – Dessa vez ele gargalhou. –São cinco horas da tarde.
-Serio? – Eu arregalei os olhos. –Você só pode estar de brincadeira.
-Serio. – Ele disse tentando conter o riso. – E eu fiquei aqui o tempo todo esperando você acordar por vontade própria, eu não queria te acordar.
-Mas devia.
-Você estava dormindo feito uma pedra  e se eu te acordasse era capaz de você me dar uma bofetada na cara. – Ele disse debochado.
-Eu deveria é dar um tapa na sua cara por não ter me acordado.
-Vai entender. – Ele disse revirando os olhos.
-E a Pattie já chegou?
-Sim, a algum tempo. Você tinha que ver a cara que ela fez ao ver que você estava deitada no meu colo.
-Ai meu Deus. – Eu disse preocupada.
-Não se preocupe, eu expliquei o que aconteceu pra ela.
-Do seu jeito não é mesmo? – Eu disse debochada. – Agora eu vou subir falar com os meus país e ligar pra Lexi. – Eu disse me levantando e indo em direção as escadas. Quando eu estava pronta para subir o primeiro degrau senti uma mão forte me puxando, quando eu vê virei pra ver quem era eu vi que era o babaca do Justin, só podia ser. Ele me puxou para bem perto dele e eu já podia sentir o seu hálito quente e consegui sentir o cheiro do seu perfume maravilhoso.
-To te esperando. – Ele disse dando uma piscadela.
-Vai sonhando baby. – Eu disse devolvendo a piscadela. Quando eu me virei de costas para ele para subir a escada sentia a minha bunda formigar, sim, ele tinha me dando um tapa na bunda. Eu virei um pouco meu rosto olhando incrédula para ele e ele sorriu maliciosa.
Depois disso eu subi a escada correndo, quando cheguei no meu quarto logo abri meu notbook para falar com a minha mãe pelo skype. Assim que eu entrei ela já me chamou, ela ligou a câmera e começamos a conversar, junto dela estava o meu pai e o meu cachorrinho Morzinho, ele com certeza era meu melhor amigo, eu tenho ele desde os 12 anos, era sempre a ele que eu recorria quando estava triste, porque eu realmente nunca tive muitos amigos.
Na verdade acho que eu tive uns 2, que logo me abandonaram. Eu devo ser realmente muito insuportável, ninguém me suporta. Minha mãe me contou tudo o que estava acontecendo no Brasil,inclusive coisas sobre o garote que quebrou meu coração em pedacinhos,  disse que estava morrendo de saudades e que eu deveria me cuidar, porque agora ela já não estava mais ali para me proteger. Ah minha mãe sempre a mesma, eu posso estar com 50 anos que ela sempre vai me tratar como se eu tivesse 5. Eu logo disse que estava sem tempo e que eu não poderia conversar mais pois estava muito ocupada com os trabalhos do colégio.  Mas a verdade é que o quanto mais eu conversasse com eles mais eu iria querer estar perto deles o que vai demorar muito tempo para acontecer. Desliguei o notbook e logo tratei de ligar para a Lexi.
-Alô, Lexi? – Eu disse assim que ela atendeu.
-Paris? – Ele gritou quase estourando meu tímpanos. –Sua cachorra por que não foi para a aula hoje?
-Você quase me deixou surda garota. – Eu disse no meio de risos. – Porque não tinha ninguém para me levar. Tenho uma bomba para te contar.
-Conta logo. – Ela gritava do outro lado.
-Calma gatinha. – Eu fiz uma pausa. – Ontem o Justin ficou de me buscar no colégio, porém ele me esqueceu lá e adivinha quem me deu uma carona??
-Como assim? Quem? Conta logo. – Ela disse afobada.
-Eu falei que era pra você adivinhar, mais tudo bem você nunca iria acertar mesmo. – Eu disse rindo e fazendo uma pausa dramática. –EU BEIJEI O IAN, O PROFESSOR DE HISTÓRIA.
-Como assim?
-E não parou por ai. Senta pra não cair.
-Eu já estou sentada. – Ela disse para que eu falasse logo.
-Nós nos beijamos.
-Você perdeu a noção do perigo garota? Sabia que ele podia perder o emprego por causa disso. – Ela disse em um tom responsável, o qual não combinava com ela, pois mesmo que eu a conhece há pouco tempo, eu já sei que ela não é nada responsável.
-É, eu sei, mais foi ele que me beijou. Na verdade nem sei com que cara vou assistir as aulas dele a partir de agora. Mais valeu a pena, foi o melhor beijo da minha vida.
                                                                             [...]
POV Justin
Eu estava subindo para o meu quarto quando eu passei pelo quarto de Paris e a ouviu conversando com alguém no celular, não resisti e tive que parar para ouvir, eu sei que era errado, mas se eu não parasse a curiosidade me mataria. Logo que eu parei na porta do quarto dela eu a ouviela dizer “EU BEIJEI O IAN, O PROFESSOR DE HISTÓRIA.” Agora eu entendia tudo, ele se infiltrou no colégio dela a mando do John para através dela me atingir. Sai do transe quando eu a ouviela dizer “É, eu sei, mais foi ele que me beijou. Na verdade nem sei com que cara vou assistir as aulas dele a partir de agora. Mais valeu a pena, foi o melhor beijo da minha vida.” Aquilo foi como uma espada ficada no meu coração, foi como se meu coração tivesse se quebrado em vários pedacinhos, foi uma sensação horrível e a frase “Mais valeu a pena, foi o melhor beijo da minha vida.” Era repetida várias e várias vezes na minha cabeça, isso quer dizer que ele prefere o beijo daquele otário ao meu? Isso não vai ficar assim eu vou acabar com a merda vida dele.
                                                                                                             CONTINUA...

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